O que parece ser uma imagem “fofinha” para muitas pessoas, é um alerta de preocupação para especialistas veterinários. A obesidade entre os pets brasileiros, especialmente cães e gatos, requer atenção por parte dos tutores.
Segundo dados do Banfield Pet Hospital, de 2011 a 2020 o número de cães brasileiros obesos ou com sobrepeso cresceu 108%, enquanto o de gatos cresceu em 114%.
A mesma pesquisa apontou que no Brasil 25% a 40% dos animais de estimação enfrentam a doença, o que além de contribuir para o sedentarismo, o deixa mais vulnerável a outros problemas de saúde. A pesquisa também revelou que, embora 95% dos entrevistados se preocupem com a obesidade dos cães e gatos, 41% adiam a ida ao veterinário por causa do problema.
Marcos Calsavara, diretor comercial da Brazilian Pet Foods, acredita que a situação é alarmante e, para ele, é essencial que os tutores se conscientizem sobre as consequências da má alimentação e da falta de exercícios físicos para a saúde de seus animais.
A crescente preocupação com a obesidade de cães e gatos no Brasil está levando os tutores a repensarem os hábitos de vida de seus pets. A dieta inadequada é um dos principais fatores, já que os alimentos não balanceados e em quantidades excessivas, juntamente com a escolha de produtos de baixa qualidade nutricional, estão diretamente relacionados ao ganho de peso.
Outro ponto é o sedentarismo, exacerbado pela vida em apartamentos e falta de espaços adequados para exercício, que contribui significativamente para o problema.
Também é importante alertar sobre a “humanização dos pets”, que tem levado a hábitos alimentares pouco saudáveis, com a oferta frequente de alimentos humanos e petiscos que ultrapassam as necessidades calóricas dos animais.
A falta de conscientização dos tutores sobre os riscos associados ao sobrepeso e a obesidade agrava a situação, pois muitos não reconhecem os sinais ou a gravidade da condição — nas redes sociais, por exemplo, é comum que apontem animais obesos como algo “fofo”, sem a consciência do risco que o excesso de peso representa para a saúde do animal.
Há também diversos problemas de saúde subjacentes, como desequilíbrios hormonais, e a predisposição genética de algumas raças, que também desempenham um papel no desenvolvimento da obesidade.
Para combater essa tendência, Marcos acredita que é fundamental fazer uma adoção de uma dieta balanceada e específica para a espécie, idade e porte do pet. Os tutores precisam medir as porções de alimento com precisão e escolher produtos de alta qualidade.
A rotina de exercícios regulares para os pets, como caminhadas e brincadeiras, é outro pilar crucial para manter um peso saudável. O controle do peso por meio de check-ups veterinários regulares permite ajustes oportunos na dieta e no regime de exercícios.
“O tratamento da obesidade em pets pode ser desafiador, mas com o comprometimento dos tutores e apoio profissional, os resultados são extremamente gratificantes”, finaliza o Marcos Calsavara.